Homem foi capturado quando vendida livros na área central da capital
pernambucana. Polícia acredita que a criança mais nova, de 2 anos, é fruto de
um dos crimes cometidos por ele.
Por
Thays Estarque, G1 PE
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Delegados da Polícia Civil de Pernambuco participaram de entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (16). (Foto: Thays Estarque/G1 ) |
A Polícia Civil
de Pernambuco divulgou, na manhã desta terça-feira (16), a captura de um homem,
de 41 anos, suspeito de abusar sexualmente da filha e de quatro enteadas. Ele
teria tido uma criança com uma das vítimas e existe a suspeita de que ela foi
violentada. Ou seja, o homem detido estuprou a neta da própria mulher e que
pode ser filha dele também. Os casos, segundo a corporação, ocorreram entre
2011 e 2016.
O homem foi
preso quando trabalhava como vendedor de livros na Avenida Dantas Barreto, na
área central do Recife. Com uma postura classificada como fria pelos delegados,
ele negou os crimes, durante o depoimento. As informações foram repassadas
durante entrevista coletiva, na sede do Departamento de Polícia da Criança e
Adolescente (DPCA), na Madalena, Zona Oeste da capital pernambucana.
Caso seja
condenado, o suspeito poderá pegar de 8 a 15 anos de reclusão por estupro e
estupro de vulnerável. Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Abreu e
Lima (Cotel), no Grande Recife.
Histórico
O homem teria
iniciado a vida de abusos com a filha, na época com 9 anos. Ela teria sido estuprada
ao longo de cinco anos, entre 2006 e 2011. O suspeito chegou a ser indiciado
por estupro de vulnerável em 2011, mas nunca foi preso pelo crime.
Em 2013, o
homem começou um novo relacionamento com uma mulher que tem quatro filhas.
Nesse caso, os estupros teriam começado logo no primeiro ano do relacionamento.
Ele teria sido responsável por estuprar e abusar das enteadas por quatro anos.
Elas tinham 15,
14, 9 e 5 anos. A mais velha teve uma filha, hoje com 2 anos. Essa garota
também foi vítima de violência sexual. O gestor do Departamento de Proteção à
Criança e ao Adolescente (DPCA), Darlison Macêdo, acredita que a criança é
fruto de um dos abusos cometidos ao longo desses anos. Ela ainda será submetida
a exames necessários para a comprovação.
"Os abusos
aconteciam nos horários que não tinha ninguém em casa, à noite ou quando a mãe
estava trabalhando. Ele, além de abusar de maneira covarde e monstruosa, ainda
as ameaçava. Caso contassem alguma coisa, elas temiam ser mortas ou que algo
acontecesse com a mãe delas. Não é possível classificar esse homem como ser
humano. Ele é um monstro. Nós temos tanto tempo de polícia, mas ainda
conseguimos nos indignar com criminosos dessa natureza", pontuou.
A denúncia
partiu da própria companheira, em 2016. Certa vez, ao chegar em casa, encontrou
a filha, com 6 anos, chorando na residência de vizinhos. Na ocasião, ela contou
o que o padrasto fazia com ela, com as irmãs e com a sobrinha. Após procurar a
polícia, a mãe das meninas expulsou o companheiro de casa.
"Essa mãe
alega que não sabia, que desconhecia os abusos. Ela procurou o departamento e
fez a denúncia. Se, por ventura, a gente conseguir descobrir que ela tinha
conhecimento e não tomou providências, ela pode ser responsabilizada",
disse o gestor.
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